terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Eu sei.

Os dias vão passando e o vento vai levando aos poucos a lembrança do que ficou. Difícil, muito difícil sorrir pra o mundo diante a uma situação tão nostálgica. Eu não quero tirar essa minha capa super-protetora. É ela quem me faz levar a alegria aos outros nos poucos momentos em que eu consigo me relacionar com outros senão o meu próprio pensamento. Tantos erros espalhados durante uma meia-vida, e todas as conseqüências reunidas agora num só instante. Chorar já não existe mais, o choro não satisfaz mais a minha necessidade de desabafo. Xingar! Isso, esculhambar com o mundo é o que eu quero fazer. Mas isso acrescenta em que na minha vida? Sair por ai xingando uns e outros, me rebaixando a níveis extremos não me faz bem, em momento algum... eu vou é me desculpar agora por tudo. Isso, isso, isso. Pedir perdão pelos meus erros, tentar me redimir. E então: perdoar. Essa é a parte mais difícil da história. Reconhecer o erro dos outros, compreendendo-o como um ser humano, assim como eu, como você, e perdoando, amando, vivendo essa gente, enfim, aprendendo! Tudo é uma questão de aprendizado mesmo, experiências. Já passei por muita coisa nessa vida, já me arrependi, des-arrependi, arrependi de novo. E na minha concepção de vida hoje, não me arrependo de nada. Tudo foi um processo de construção do meu EU hoje. Não quero voltar atrás e mudar o que deu errado, porque errar é uma das coisas mais importantes que existe.
Eu sei que nesse momento me parece a pior coisa do mundo terminar uma história de uma maneira tão trágica, mas assim pode ser melhor. A gente só sabe o que é o melhor quando o tempo passa, as coisas se acalmam e a gente cai na real do que se foi perdido. Quando o mestre passar, só vão ficar as amizades, que, como dizia um provérbio, é como os bambueiros.. Que antes de crescerem acima da terra, criam raízes fortíssimas para nem a ventania venha a derrubá-las. O que for verdadeiro vai ficar, eu sei.