sábado, 28 de agosto de 2010

Sol e Realidade

Numa bela manha de domingo, uma daquelas manhas em que o sol ilumina até os vértices mais escuros da nossa alma, clareia os nossos pensamentos e nos deixa leve, resolvi sair , eu e Ralf , meu grande companheiro , meu cachorro, um pastor alemão. Enquanto andávamos pela minha rua, lembrei de como fui feliz e de como essa felicidade se transformou em uma mera lembrança... E dentre esses pensamentos, lembrei de uma pessoa que tão de repente se tornou especial pra mim, sem que nos mesmos tivéssemos percebido. Tantos momentos legais que passamos juntos, tantas experiências, novas emoções, mas de repente, isso se tornou em um desastre e acabei perdendo-a. Hoje me sinto inseguro, precisava muito tê-la comigo, senti-la aqui, mas sempre que acordo sinto uma forte presença que se faz quase inexistente no meu ser, no meu viver.. Viver esse que agora se tornou vazio, sem aquele sorriso largo, ou aquele abraço apertado que me fazia me sentir a pessoa mais segura do mundo, o amor se transformou em saudade, a euforia e a ânsia de poder beijar a sua boca se transformaram em medo, medo de não mais ter aqueles lábios, não mais ouvir palavras doces que pareciam ser tão sinceras... Como, como pude deixar isso acontecer, será que o meu amor foi demais ou de menos? Não consigo enxergar onde errei, onde faltei. Em meio a tantos pensamentos que me levaram para longe senti uma doce lambida de Ralf que foi meio que um carinho, que me fez acordar, me trouxe pra realidade. E na verdade, acho que meu sentimento foi tamanho que consegui me iludir a ponto de achar que o nosso amor era igual, que era um sentimento recíproco, mas não foi. Eu estava cego! Não conseguia ver que tudo aquilo era mentira, era ilusão, e hoje o que me resta são lembranças de um passado bom, e o sofrimento de um futuro sem você... Mas o que fazer agora nessa vida tão estática, sem sentido? Só precisava ter você aqui, comigo, bem perto... Será que eu nunca vou conseguir ser feliz? Ou melhor, será que a felicidade existe mesmo ou é só uma farsa?
Percebendo que eu não lhe dava a atenção devida, Ralf então latiu, eu olhei pra o céu e notei que as nuvens tinham fugido, ele estava azul como nunca, só ele e o sol, e o sol sempre me fez lembrar o calor do seu corpo, que derretia toda a intenção de ser rude ou de te castigar por alguma falha sua, sua voz mansa e seu jeito de me abraçar... Faria tudo pra te ter de volta no meu mundo, sou capaz de tudo pra voltar no tempo. Por um segundo pude sentir seu perfume, aquele que te dei e você pouquíssimas vezes usou, afinal dizia que quando acabasse o perfume acabaria o amor, pararia o mundo diante de um sorriso seu. Ficar lembrando o que passou não me faz bem, guardo o que foi bom e levo pra minha vida como experiência, ate porque meu cachorro tem sede, a língua falta cair da boca, e ele nunca me traiu, não liga que eu seja preto, branco, rico ou pobre. Me ama, e faz de tudo por um simples carinho meu, é a alma mais pura que já conheci , se os homens fossem como cachorros, seria bom estar vivo ...

Por: Irmãos de alma.

PS: Obrigada Vinícius Gonçalves, pela sua compania e genialidade. Foi um prazer escrever contigo!

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